Olhares
- Olhar doce (15)
- Olhar distante (8)
- Olhar surreal (6)
- Olhar crítico (4)
- Olhar 43 (3)
Arquivo do blog
domingo, 27 de junho de 2010
Carpe diem
"Lâmpada para os meus pés é tua palavra, e luz para o meu caminho."
Salmos 119:105
Boca Livre - Clara e Ana
Pra "colher o dia" que chega, a doçura desta canção com a palavra viva de Deus!
"O senhor é meu pastor e nada me faltará.
Deitar-me faz em verdes pastos, guia-me mansamente a águas tranquilas.
Refrigera a minha alma. Guia-me pelas veredas da justiça, por amor de seu nome.
Ainda que eu andasse pelo vale da sombra da morte, não temeria mal algum, porque tu estás comigo; a tua vara e teu cajado me consolam."
(Salmos 23, versículos 1 a 4)
sábado, 5 de junho de 2010
Saudade!
Almeida Júnior - Saudade 1899
Quando vi esta obra pessoalmente, na Pinacoteca em São Paulo, fiquei impressionada e maravilhada, tal é o seu encanto! Tive a sensação de estar junto da mulher retratada na tela; no mesmo tempo e espaço, gozando da mesma saudade!
Zeca Baleiro - Brigitte Bardot
A saudade
é um trem de metrô
subterrâneo obscuro
escuro claro
é um trem de metrô
a saudade
é prego parafuso
quanto mais aperta
tanto mais difícil arrancar
a saudade
é um filme sem cor
que meu coração quer ver colorido
A saudade
é um trem de metrô
subterrâneo obscuro
escuro claro
é um trem de metrô
a saudade
é prego parafuso
quanto mais aperta
tanto mais difícil arrancar
a saudade
é um filme sem cor
que meu coração quer ver colorido
A saudade
é uma colcha velha
que cobriu um dia
numa noite fria
nosso amor em brasa
a saudade
é Brigitte Bardot
acenando com a mão
num filme muito antigo
A saudade vem chegando
A tristeza me acompanha!
Só porque... só porque...
O meu amor morreu
Na virada da montanha
O meu amor morreu
Na virada da montanha
E quem passa na cidade
Vê no alto
A casa de sapé
Ainda...
A trepadeira no carramanchão
Amor-perfeito pelo chão
Em quantidade...
quinta-feira, 3 de junho de 2010
Olhares diferentes, porém belos!
Tom Jobim - A felicidade
A quimera da felicidade
(...) do alto de uma montanha, inclinei os olhos a uma das vertentes, e contemplei, durante um tempo largo, ao longe, através de um nevoeiro, uma cousa única. Imagina tu, leitor, uma redução dos séculos, e um desfilar de todos eles, as raças todas, todas as paixões, o tumulto dos impérios, a guerra dos apetites e dos ódios, a destruição recíproca dos seres e das cousas. Tal era o espectáculo, acerbo e curioso espectáculo. A história do homem e da terra tinha assim uma intensidade que não lhe podiam dar nem a imaginação nem a ciência, porque a ciência é mais lenta e a imaginação mais vaga, enquanto que o que eu ali via era a condensação viva de todos os tempos. Para descrevê-la seria preciso fixar o relâmpago. Os séculos desfilavam num turbilhão, e, não obstante, porque os olhos do delírio são outros, eu via tudo o que passava diante de mim, - flagelos e delícias, - desde essa cousa que se chama glória até essa outra que se chama miséria, e via o amor multiplicando a miséria, e via a miséria agravando a debilidade. Aí vinham a cobiça que devora, a cólera que inflama, a inveja que baba, e a enxada e a pena, úmidas de suor, e a ambição, a fome, a vaidade, a melancolia, a riqueza, o amor, e todos agitavam o homem, como um chocalho, até destruí-lo, como um farrapo. Eram as formas várias de um mal, que ora mordia a víscera, ora mordia o pensamento, e passeava eternamente as suas vestes de arlequim, em derredor da espécie humana. A dor cedia alguma vez, mas cedia à indiferença, que era um sono sem sonhos, ou ao prazer, que era uma dor bastarda. Então o homem, flagelado e rebelde, corria diante da fatalidade das cousas, atrás de uma figura nebulosa e esquiva, feita de retalhos, um retalho de impalpável, outro de improvável, outro de invisível, cosidos todos a ponto precário, com a agulha da imaginação; e essa figura, - nada menos que a quimera da felicidade, - ou lhe fugia perpetuamente, ou deixava-se apanhar pela fralda, e o homem a cingia ao peito, e então ela ria, como um escárnio, e sumia-se, como uma ilusão.
Machado de Assis, in 'Memórias Póstumas de Brás Cubas'
Cá com meus botões: a felicidade é uma escolha? Depende de algo? É transitória, passageira, provisória? É um sonho fantástico? Um estado de espírito? Tem fim? (...)
terça-feira, 1 de junho de 2010
Preguicite aguda (ócio 1)
Assinar:
Postagens (Atom)